quarta-feira, 1 de abril de 2009

Artes Cênicas

Cinema

Década de 20

· Nos EUA, os talentos de Charles Chaplin, Buster Keaton e Harold Lloyd dominaram a comédia.
· Em 1924 no recém fundado distrito de Los Angeles (Hollywood) instalou-se pequenas produtoras de cinema, que viriam a ser as grandes produtoras atuais como Columbia, Metro, Warner, Paramount, Fox e a Universal.
· Em 1926 é lançado o filme Don Juan, o primeiro filme a utilizar o sistema sonoro Vitaphone, apenas com efeitos sonoros e músicas

· Em 1927 é criada, nos EUA, a Academia das Artes e Ciências das Imagens em Movimento, que atribuirá em 1929 os primeiros prêmios de excelência, conhecido por Oscar.


Década de 30

A década de 1930 foi o período de tempo entre os anos 1930 e 1939. É tida como uma das épocas mais sangrentas de toda a história mundial. Neste período, Hitler ascende ao cargo de chanceler na Alemanha e tem início o genocídio do que Hitler chamava de "raças inferiores", em especial os judeus. Tem início a Segunda Guerra Mundial. Nos Estados Unidos, Franklin Roosevelt dá início ao New Deal, o plano de recuperação econômica após a quebra da bolsa de Nova York, em 1929.


A década é também marcada pela utilização do som na sétima arte e que viria a transformar a indústria: os atores começaram a dar mais atenção à voz, os estúdios procuraram no teatro atores mais expressivos, os escritores foram obrigados a definir os personagens através de palavras e os escritores de cartões (intertítulos) ficaram no desemprego. Mas o som permitiu também o nascimento de um novo gênero: o musical, aparecendo, então, estrelas como Maurice Chevalier, Fred Astaire e Ginger Rogers.

1931

Devido à grande depressão, o número médio de espectadores diminui nos EUA (de 90 milhões em 1930 para 60 milhões em 1933); os estúdios passam por tempos difíceis e as salas de cinema para atrair mais espectadores recorrem a expedientes como às secções duplas.
A Universal Pictures estréia Drácula e Frankenstein, interpretados por Bela Lugosi e Boris Karloff, respectivamente, e inicia o seu famoso ciclo de filmes de terror. Em 1933 a Walt Disney estréia o primeiro desenho animado em cores, Flowers and Tress.
O Primeiro longa-metragem colorido, de Becky Sharp, estréia em1935. Em desenvolvimento desde a década de 1890, a tecnologia de filmes a cores teve o seu melhor exemplo épico, E o Vento Levou. Produzido em 1939, o filme foi um dos muitos que se produziram durante o que é considerado o melhor ano da história da sétima arte.

Década de 40

Melhores Filmes da Década de 40 - Fórum CeC

1º - Casablanca / Dir: Michael Curtiz (1942) - 91 pts
2º - A Felicidade Não se Compra / Dir: Frank Capra (1946) - 77 pts
3º - O Grande Ditador / Dir: Charles Chaplin (1940) - 73 pts
4º - Cidadão Kane / Dir: Orson Welles (1941) - 70 pts
5º - As Vinhas da Ira / Dir: John Ford (1940) - 57 pts
6º - O Falcão Maltês / Dir: John Huston (1941) - 56 pts
7º - O Tesouro de Sierra Madre / Dir: John Huston (1948) - 45 pts
8º - O Terceiro Homem / Dir: Carol Reed (1949) - 41 pts
9º - Ladrões de Bicicleta / Dir: Vittorio de Sica (1948) - 35 pts
10º - Pacto de Sangue / Dir: Billy Wilder (1944) - 33 pts









A HISTÓRIA DO CINEMA 1940-1949

A 2ª Guerra mundial é o grande acontecimento da década de 40 e está na origem da mudança do panorama cinematográfico mundial, refletindo-se no número de filmes produzidos e nos temas abordados.

Devido ao regime vigente, a Alemanha manteve uma produção ativa com mais de 1000 filmes produzidos durante os anos em que Hitler esteve no poder, na sua maioria filmes de propaganda.
Após a guerra e com a divisão da Alemanha, a produção igualmente se dividiu, refletindo visões artísticas diferentes. No caso soviético e com a entrada do país em guerra, em 1941, a produção cinematográfica centrou-se em documentários de propaganda, em filmes de entretenimento e dramas, como Ivan, o Terrível (Parte I) de Sergel Eisentein.

O melhor exemplo é a criação, em França, do Centre National de La Cinématographie (CNC), ainda hoje um importante pilar na indústria cinematográfica francesa.
Ao contrário da Europa, a produção cinematográfica americana do inicio da década é pujante e capaz de produzir filmes tão diversos como: Vinhas da Ira (drama social), Rebecca (thriller), Casamento Escandaloso (comédia) e O Grande Ditador (sátira). Com a entrada do país na guerra, Hollywood contribuiu também com a sua parte, quer através do recrutamento de atores e outros criativos para frente de batalha, quer com a produção de filmes de “propaganda”: recorde-se o trabalho do realizador Frank Capra para o exército e filmes de ficção como Mrs. Miniver, Since you Went Away, This is the Army, Thirty Seconds Over Tokyo e Cassablanca.
O inicio da década é também marcada pela estréia do que é, hoje, considerado como o melhor filme de todos os tempos: O Mundo a Seus Pés. Escrito, realizado e interpretado por um jovem Orson Welles, o filme cedo se viu envolto em polêmica devido ao fato de relatar a história do magnata William Hearst, que tudo fez para impedir a distribuição do filme, acabando este por Sr um fracasso de bilheteria.


Decada de 50

O Comitê de Segurança amplia a lista negra incluindo diretores, atores e escritores incluindo até mesmo Charles Chaplin.O início da década de 50 marcou para a chanchada brasileira uma enorme reviravolta. Embora a Atlântida tenha se consagrado na década anterior como uma das mais fortes indústrias cinematográficas do país, ainda assim as produções eram um tanto desleixadas. Os estúdios estavam mal acomodados, os equipamentos sem a manutenção necessária e os atores recebiam quantias ínfimas pelo árduo trabalho de interpretar em condições precárias. No fim da década 40, mais precisamente no ano 47, o sucesso das chanchadas trouxe para a Atlântida uma série de novos investidores, interessados principalmente em participar dos lucros da empresa, então ainda sob a administração dos irmãos Burle e Moacyr Fenelon. Entra em cena nesta altura um personagem que será fundamental na consolidação das produções da Atlântida na década de 50: Luís Severiano Ribeiro Jr.. Severiano entrou juntamente com vários outros empresários nos investimentos em produções, que a ele principalmente interessavam por seu domínio em pelo menos 40% das salas de exibição no Brasil. Assim, ele poderia participar dos lucros de uma forma muito maior. A grande surpresa veio ainda em 1947, quando noticiaram que Severiano havia comprado uma grande quantia de ações da Atlântida, tornando-se acionista majoritário e, conseqüentemente, dono da companhia.Os filmes 3-D, porém durou pouco tempo, de 1952 até 1954 dentre os quais se destacou o filme "House of Wax" de 1953.No final da década de 50 surgia na França o maravilhoso nouvelle vague donde se destacaram Claude Chabrol, Jean-Luc Godard ("O Acossado") e François Truffaut ("Os Incompreendidos").O cinema da Índia era produzido em grande escala, mas no ano de 1955 pela primeira vez ganhou reconhecimento internacional com o filme "Pather Panchali" (ou "A canção do caminho").Um Corpo Que Cai (1958) de Alfred Hitchcock, Crepúsculo dos Deuses (1950) de Billy Wilder, Doze Homens e Uma Sentença (1957) de Sidney Lumet e Janela Indiscreta (1954), também de Alfred Hitchcock, foram uns dos filmes de mais sucesso da década de 50. Anos 50. Fusão do enredo e do não-enredo na procura do homem. As pessoas começam a dançar com o cinema, ingenuamente, sem saber o que estaria por vir. Nos Estados Unidos aparecem Marilyn Monroe, Marlon Brando e James Dean. Juventude Transviada não renova na forma, mas faz a cabeça de uma geração. James Dean morre e vira mito. O filme Sementes da Violência faz o rock explodir. No final dos 50 o enredo é deixado para segundo plano e a realidade passa a ser apresentada de forma não linear, descontínua, lúdica. A certeza desaparece, e a ordem passa a ser a ambigüidade, a obra aberta, na tentativa de busca do próprio homem. É a Nouvelle-Vague francesa. É o cinema de Resnais, Godard, Chabrol, Malle, Vadim e Truffaut. Filmes: 1. O Sétimo Selo [Ingmar Bergman, 1957] 2. Crepúsculo dos Deuses [Billy Wilder, 1950] 3. A Ponte do Rio Kwai [David Lean, 1957] 4. Um Corpo que Cai [Alfred Hitchcock, 1958] 5. Os Sete Samurais [Akira Kurosawa, 1954] 6. Luzes da Ribalta [Charles Chaplin, 1952] 7. Os Incompreendidos [François Truffaut, 1959] 8. Cantando na Chuva [Stanley Donen & Gene Kelly, 1952] 9. 12 Homens e uma Sentença [Sidney Lumet, 1957] 10. Morangos Silvestres [Ingmar Bergman, 1957] 11. Quanto Mais Quente Melhor [Billy Wilder, 1959] 12. A Marca da Maldade [Orson Welles, 1958] 13. Alice no País das Maravilhas [Wal Disney, 1951] 14. Glória Feita de Sangue [Stanley Kubrick, 1957] 15. Juventude Transviada [Nicholas Ray, 1955] 16. A Um Passo da Eternidade [Fred Zinnemann, 1953] 17. Gigi [Vincent Minneli, 1959] - REVER 18. Janela Indiscreta [Alfred Hitchcock, 1954]


Teatro

1943


A peça que transformou a linguagem cênica do teatro brasileiro na sua era moderna foi à encenação da peça “Vestido de Noiva”, de Nelson Rodrigues, por Ziembinski e o grupo “Os comediantes”, em 1943. O que era teatro de ator passou a ser um todo, uma estética completa. A crítica disse que pela primeira vez via-se a “mise-en-scène” no Brasil, traduzida por “encenação”, a cena, cuja criação passou a ser quase tão poderosa quanto o texto em si. Os primeiros grupos do teatro moderno brasileiro foram “Os comediantes”, o “Grupo de Teatro Experimental”, o “Grupo de Teatro Universitário”, com as atividades iniciadas no final da década de 30 e ligadas ao meio universitário, de onde vinham seus imigrantes. Esse teatro improvisado, centrado no ator principal, modificou-se para o teatro formando um espetáculo, como um todo, com uma comunicação intelectual para uma platéia intelectualizada. No final da década de 40, o teatro brasileiro sofreu outras modificações: a profissionalização e a ampliação do público. Foi esse o fato que caracterizou o TBC (Teatro Brasileiro de Comédia). Formado em 1948, em São Paulo, e patrocinado pelo empresário italiano Franco Zampari, O TBC tinha, no seu inicio, um repertório de clássicos universais e comédias leves, com poucas incursões na temática nacional.

Década de 50




Preocupação com a Temática Social no Teatro




Na década de 50 os textos teatrais são marcados pela preocupação com as questões sociais. ''O Pagador de promessas'', de Dias Gomes - também autor de telenovelas -, se transforma num grande sucesso e é adaptada para o cinema em 1962 por Anselmo Duarte. O filme ganha a Palma de Ouro em Cannes. Nelson Rodrigues, que firmara sua reputação com ''O anjo negro'', ''Álbum de família'' e ''A falecida'', desperta polêmica com ''Perdoa-me por me traíres'', ''Beijo no asfalto'', ''Bonitinha, mas ordinária'', consideradas escandalosas. Jorge Andrade retrata a decadência da aristocracia rural paulista em ''A moratória'' e a ascensão das classes novas em ''Os ossos do barão''.Fora do eixo Rio-São Paulo, Ariano Suassuna, nas comédias folclóricas ''O auto da Compadecida'' e ''O santo e a porca'', cruza o modelo renascentista das peças de Gil Vicente com a temática folclórica nordestina.Jorge Andrade (1922-1984) nasce em Barretos, interior de São Paulo. Começa a carreira de dramaturgo, incentivado pela atriz Cacilda Becker. Na década de 50 escreve peças dramáticas e nos anos 60 estréia as comédias ''A escada'' e ''Os osso do barão'', ambas transformadas em novelas de televisão. Para a TV escreve também as novelas ''O grito'' e ''As gaivotas''. Ao lado de Nelson Rodrigues, é o dono da obra teatral mais significativa do Brasil: nela se destacam denúncias do fanatismo e da intolerância, como ''Veredas da salvação'' ou o delicado testemunho autobiográfico de ''Rasto atrás''.


Época de reorganização do mundo, depois do final da 2ª Guerra Mundial. O Plano Marshall (1947) propõe a reconstrução da Europa. Países firmam a Carta das Nações Unidas, a ONU é criada (1945). A década é a era dos rebeldes sem causa, da juventude transviada: "Viver o mais intensamente, arriscar sempre. Se tivesse 100 anos para viver, eu ainda não teria tempo para fazer tudo o que quero fazer", James Dean, ator americano que morreu em 1955, aos 24 anos, em acidente automobilístico, no auge da carreira.


A HISTÓRIA DO CINE-TEATRO

Com o início da década de 40 e a instalação da primeira fábrica, atualmente conhecida como Parque Químico de Estarreja, assiste-se, na então Vila, a uma profunda transformação, até aí dependente da atividade comercial e agrícola.
Existia nessa altura uma sala de Cine Teatro, instalada num barracão, onde hoje funciona a Casa Ezequiel. Apesar de possuir algumas condições para a projeção de filmes, lentamente foi perdendo a sua importância, até que, em 1949, o seu proprietário pôs à venda todo o recheio da casa. Entretanto, em 1947, começara a construção dum moderno e grandioso Cine-Teatro, promovido pela Empresa Cinematográfica Aveirense que, pela sua capacidade e condições para a apresentação de Teatro e Revista, bem como projeção de filmes, só era suplantado pelas Salas existentes na Cidade de Aveiro. Foi tal o impacto desta obra que a Câmara Municipal chegou a tentar o alargamento da Rua Visconde de Valdemouro para 14 metros, o que não logrou concretizar.


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