quarta-feira, 1 de abril de 2009

Artes Plásticas

Década de 20

Arte Moderna – Somente na década de 20, com o modernismo e a realização da Semana de Arte Moderna de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo, o Brasil elimina o descompasso em relação à produção artística internacional. Ao mesmo tempo em que é inspirado em diversas estéticas da vanguarda européia do século XX, como impressionismo, expressionismo, fauvismo, cubismo, futurismo, dadá e surrealismo, o movimento defende uma arte vinculada à realidade brasileira. Os artistas conquistam maior liberdade técnica e expressiva, rejeitando a arte do século XIX e as regras das academias de arte. A partir dos anos 30, alguns modernistas começam a valorizar o primitivismo. Após a II Guerra Mundial, o modernismo perde força com a chegada da abstração ao país. As obras abandonam o compromisso de representar a realidade aparente e não reproduzem figuras nem retratam temas.

Principais Artistas Plásticos Brasileiros (década de 20)
· Tarsila do Amaral (1886-1973) – A Negra (1923); Abaporu (1928)
· Victor Brecheret (1984-1955) – Eva (1920); Cabeça de Cristo (1920);
· Emiliano Di Cavalcanti (1987-1976) – Morro (1929)
· Antonio Gomide (1895-1976) – Paisagem com Barcos (1923)
· Ismael Nery (1900-1934) – Eva (1925); Nu (1927); Nu Cubista (1927); O Encontro (1928)
· Vicente do Rêgo Monteiro (1899-1970) – Menino Nu e Tartaruga (1923); Flagelação (1923); Atirador de Arco (1925)
· Lasar Segall (1891-1957) – Paisagem Brasileira (1925); Bananal (1927)

Década de 40



Na década de 40, assiste-se ao primeiro apogeu de Cândido Portinari (1903-1962), de Alberto da Veiga Guignard (1896-1962), de José Pancetti (1904-1958) etc. Começam suas carreiras os escultores Bruno Giorgi (1905-1993) e Alfredo Ceschiatti (1918- 1989). Começam também a trabalhar, ainda como figurativos vários dos futuros integrantes das tendências abstratas.
Surgiu também nessa época, o Museu de Arte de São Paulo (MASP), a partir de iniciativa do paraibano Assis Chateaubriand, proprietário dos Diários e Emissoras Associados, um dos maiores grupos de comunicação que já existiu no país. No final dos anos 40 e no começo dos 60 surgem o Museu de Arte Moderna (MAM).



Música


Na década de 40, a música popular centrada no Rio de Janeiro, e especialmente veiculada pela Rádio Nacional, rende culto também à Bahia, através de Dorival e Ari Barroso, ao Nordeste, através dos baiões de Luiz Gonzaga, e ao Sul, também representado mais discretamente e menos regionalísticamente pelo intimismo de Lupicínio Rodrigues.
Músicas destacadas no Brasil da década de 40
1. Atire a primeira pedra. Letra de Mario Lago e Música de Ataulfo Alves na interpretação de Orlando Silva. (Samba de 1944);
2. Chuvas de Verão. Composição de Fernando Lobo e Alberto Ribeiro na interpretação de Silvio Caldas. (Samba-Canção de 1949);
3. Ave Maria do Morro. Música de Herivelto Martin na interpretação de Baby Consuelo. (Samba de 1942);
4. Marina. Letra e Música de Dorival Caymmi na interpretação de Dorival Caymmi e Nana Caymmi.


Década de 50


Pop Art. - Em 1951 é criada a Bienal Internacional de São Paulo, que proporciona à produção brasileira reconhecimento internacional e sintoniza definitivamente o país com a tendência mundial de internacionalização da arte.


Arte Contemporânea – O marcos inicial da arte contemporânea no país é o concretismo, o neoconcretismo e a pop art, que, a partir do final da década de 50, despontam no cenário nacional. Em comum, a pop art e o concretismo têm a preocupação de refletir sobre a cultura de massa. A pop art legitima a citação, ou seja, o uso de imagens já produzidas por outros artistas ou pela própria indústria cultural. Os principais nomes são Wesley Duke Lee (1931-), Rubens Gerchman (1942-), autor da serigrafia Lindonéia, a Gioconda do Subúrbio, e Cláudio Tozzi (1944-), de O Bandido da Luz Vermelha. Com o neoconcretismo, os artistas partem da pintura para as instalações, gênero que mistura pintura, escultura e objetos industrializados em ambientes preparados para estimular a percepção sensorial. A arte conceitual, que utiliza fotos, textos, objetos e vídeos, marca as obras de Cildo Meireles (1948-), Waltércio Caldas (1946-) e Regina Silveira (1939-). Variante do minimalismo, o pós-minimalismo, também chamado de arte povera (arte pobre), influencia vários artistas. As obras são produzidas com materiais naturais, como água e terra, ou pouco industrializados, do tipo barbante e corda.

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