quarta-feira, 1 de abril de 2009

O autor: Oswald de Andrade


OSWALD DE ANDRADE, poeta, romancista e dramaturgo, nasceu em São Paulo no dia 11 de janeiro de 1890. Filho de família rica estuda na Faculdade de Direito do Largo São Francisco e, em 1912, viaja para a Europa. Em Paris, entra em contato com o Futurismo e com a boemia estudantil. Além das idéias Futuristas, conhece Kamiá, mãe de Nonê, seu primeiro filho, nascido em 1914.
Em 1924 publica, pela primeira vez, no jornal "Correio da manhã", na edição de 18 de março de 1924, o Manifesto da Poesia Pau-Brasil. No ano seguinte, após algumas alterações, o Manifesto abria o seu livro de poesias "Pau-Brasil". Em 1926, Oswald casa-se com a Tarsila do Amaral e os dois tornam-se o casal mais importante das artes brasileiras. Apelidados carinhosamente por Mário de Andrade como "Tarsiwald", o casal funda, dois anos depois, o Movimento Antropófago e a Revista de Antropofagia, originários do Manifesto Antropófago. A principal proposta desse Movimento era que o Brasil devorasse a cultura estrangeira e criasse uma cultura revolucionária própria. O ano de 1929 é fundamental na vida do escritor. A crise de 29 abalou as suas finanças, ele rompe com Mário de Andrade, separa-se de Tarsila do Amaral e apaixona-se pela escritora comunista Patrícia Galvão (Pagu). O relacionamento com Patrícia Galvão intensifica sua atividade política e Oswald passa a militar no Partido Comunista Brasileiro (PCB). Além disso, o casal funda o jornal "O Homem do Povo", que durou até 1945, quando o autor rompeu com o PCB. Do casamento com Patrícia Galvão, nasceu Rudá, seu segundo filho. Depois de separar-se de Pagu, casou-se, em 1936, com a poetisa Julieta Bárbara. Em 1944, mais um casamento, agora com Maria Antonieta D'Aikmin, com quem permanece junto até a morte, em 1954.

Principais Obras


A obra literária de Oswald apresenta exemplarmente as características do Modernismo da primeira fase. Além dos manifestos da Poesia Pau-Brasil (1924); Manifesto Antropófago (1928), Oswald escreveu:

Poesia:


Pau-Brasil (1925);
Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade (1927);
Cântico dos cânticos para flauta e violão (1945);
Ô escaravelho de ouro (1945).

Romance:


Os condenados (trilogia) (1922-34);
Memórias sentimentais de João Miramar (1924);
Serafim Ponte Grande (1933);
Marco Zero - a revolução melancólica (1943).

Teatro:


O homem e o cavalo (1934);
A mona (1937);
O rei da vela (1937).

Literatura

Na década de 1920 era nítida a preocupação de se discutir a identidade e os rumos da nação brasileira. Todos tinham algo a dizer - políticos, militares, empresários, trabalhadores, médicos, educadores, mas também artistas e intelectuais. Como deveria ser o Brasil moderno? Através da literatura, das artes plásticas, da música, e mesmo de manifestos, os artistas e intelectuais modernistas buscaram compreender a cultura brasileira e sintonizá-la com o contexto internacional. O marco de seu movimento foi a Semana de Arte Moderna de 1922. Mas havia também intelectuais preocupados com a reforma das instituições - a começar pela Constituição de 1891 -, que se dedicaram a apresentar propostas para a reorganização da sociedade brasileira.

A entrada do Brasil na modernidade foi parte de um processo complexo em que se entrecruzaram dinâmicas diferentes. Nas primeiras décadas do século XX acelerou-se a industrialização, a urbanização, o crescimento do proletariado e do empresariado. De outro lado, permaneceram a tradição colonialista, os latifúndios, o sistema oligárquico e o desenvolvimento desigual das regiões. De toda forma, com a expansão dos centros urbanos, modificaram-se os valores da cultura cotidiana e os próprios padrões da comunicação social.

Era inevitável que a arte expressasse as transformações trazidas pela modernidade. Mas, no Brasil, outros problemas também preocupavam artistas e intelectuais. "Nós não nos conhecemos uns aos outros dentro do nosso próprio país." A frase, do escritor carioca Lima Barreto, caracteriza bem o espírito da década de 1920. Era um tempo de indagações e descobertas. A tarefa que se impunha era a de construir a nação, e isso significava também repensar a cultura, resgatar as tradições, costumes e etnias que haviam permanecido praticamente ignorados pelas elites.

A Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo no ano de 1922, representou uma verdadeira "teatralização" da modernidade. Mas o movimento modernista não se resumiu à Semana. Na verdade começou antes de 1922 e se prolongou pela década de 1930. Tampouco se restringiu a São Paulo. Houve também uma modernidade carioca, e a proliferação de revistas e manifestos por todo o país indica que o raio de ação do movimento foi maior do que se supõe.

Assim como a Exposição Universal do Rio de Janeiro de 1922, a Semana de Arte Moderna fazia parte da agenda oficial comemorativa do Centenário da Independência. O evento teve grande impacto na época, pois formalizou e discutiu questões que já se estavam esboçando na vida cultural.

São Paulo – 15.02.1922
Folha da Noite

“A Teratologia da Noite”

“Não é só um problema de estética, mas deve ser estudado como fenômeno de patologia mental. Todas as extravagâncias do Futurismo originam-se de um verdadeiro estado de espírito mórbido.
O desejo incontido de chamar atenção e a ingenuidade de certos espíritos desprovidos de qualquer preparo, o desequilíbrio de alguns cérebros e o verdor da mocidade são os principais motivos e o que caracteriza os adeptos desta escola.

Futurismo e teratologia são expressões sinônimas. Os espíritos fracos que por incapacidade mental não alcançaram o verdadeiro sentindo da arte e não atingiram a espiritualidade dos grandes gênios atiram-se Futurismo na ilusão de serem 'incompreendidos', pois todo futurista se julga um gênio iludido pela pretensa vaidade”


Alguns autores desse período:

Mario de Andrade: No "Prefácio interessantíssimo" de seu livro de poemas Paulicéia desvairada (1922), definia o passado como "lição para meditar não para reproduzir". Seu célebre livro Macunaíma (1928) mostra um herói que nasce índio, torna-se negro e no final é branco. O que importava era destacar a nossa multiplicidade étnico-cultural, vislumbrar o conjunto da nacionalidade.

Oswald de Andrade: Propunha no "Manifesto pau-brasil" (1924) uma síntese capaz de unir o "lado doutor" da nossa cultura ao lado popular. Já no "Manifesto antropofágico” (1928), sugeria um projeto de reconstrução da cultura nacional. No quadro de Tarsila do Amaral intitulado "Abaporu" - que significa "o homem que come" - está expressa plasticamente a idéia da integração cultural. No manifesto "Nhengaçu verde-amarelo" (1929), defendia as fronteiras nacionais contra as influências culturais estrangeiras.

A poesia da geração de 1930

Alguns dos poetas da década de 1930 viveram de perto a revolução do movimento literário de 1922. Carlos Drummond de Andrade e Murilo Mendes, por exemplo, publicaram poemas na Revista de Antropofagia (1928 a 1929), de vanguarda, de Oswald de Andrade e Antônio de Alcântara Machado. Dessa forma eles participaram mesmo como coadjuvantes, da fase heróica do Modernismo. O poema 'No Meio do Caminho', de Drummond, transformou-se no maior símbolo desse momento de ruptura com a literatura mais saudosista. Outros autores conservaram uma herança indisfarçável do Simbolismo, como Cecília Meireles; do Romantismo, como Augusto Frederico Schmidt; ou mesmo da poesia parnasiana, como Jorge de Lima.

'No meio do caminho tinha uma pedratinha uma pedra no meio do caminhotinha uma pedrano meio do caminho tinha uma pedraNunca me esquecerei desse acontecimentona vida de minhas retinas tão fatigadas.Nunca me esquecerei que no meio do caminhotinha uma pedratinha uma pedra no meio do caminhono meio do caminho tinha uma pedra. ' (Carlos Drummond de Andrade, 'No Meio do Caminho')


Década de 50

Foi um período fértil em termos de estréias que marcaram o dito cânone literário do modernismo tardio ou até pós-modernismo, ou outros epítetos classificatórios para a Literatura dos anos 50. O ambiente histórico-político da época se manifesta na Literatura marcada pelo caráter da multiplicidade, pois se, de um lado temos figuras alcandoradas como Guimarães Rosa, construindo personagens que vivenciam a epifania do sertão, temos também uma autora como Carolina Maria de Jesus, nascida do jornalismo-denúncia, marginalizada da industrialização, catadora de lixo, descoberta pela mídia parte das massas para depois para elas retornar. Ela é a ant(i)í-tese do que pugnava Virginia Wolf, em um Teto todo seu, segundo a qual a ausência de grandes mulheres na Literatura se deveu aos deveres domésticos e à estrutura das casas nas quais a mulher não possui um altar para o intelecto, como para a beleza, por exemplo, bem como pela falta de renda que a torne independente, tudo nesse contexto.


Romance da literatura mundial (década de 50)

1995: Lolita, de Vladimir Nabokov
1956: Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa

Curiosidade

Literatura gay dos anos 50

As histórias estimuladas por uma época onde a América passava por um período de grandes transformações e progresso. Ajudaram a definir a homossexualidade no país do Tio Sam.
Elas representam um tipo de arte que é uma fatia do passado gay. São aspectos integrais da cultura gay que são inseparáveis da luta pela igualdade e o direito de viver a vida do jeito que escolhemos. Os leitores gays e lésbicas sentiram-se agrupados pela primeira vez de maneira explícita. Mesmo que muitos dos personagens gays nestas histórias acabassem com um final trágico, os livros se tornaram uma revelação para muitos leitores gays e lésbicas: eles não estavam sozinhos.
Durante os anos 40 e 50, centenas de vidas foram destruídas por acusações de homossexualidade. Guardados com culpa no fundo de armários e embaixo de colchões, estes livros eram compartilhados e emprestados de amiga para amiga na comunidade. Eles também eram queimados e jogados fora por aquelas que tinham medo de serem descobertas.

Artes Cênicas

Cinema

Década de 20

· Nos EUA, os talentos de Charles Chaplin, Buster Keaton e Harold Lloyd dominaram a comédia.
· Em 1924 no recém fundado distrito de Los Angeles (Hollywood) instalou-se pequenas produtoras de cinema, que viriam a ser as grandes produtoras atuais como Columbia, Metro, Warner, Paramount, Fox e a Universal.
· Em 1926 é lançado o filme Don Juan, o primeiro filme a utilizar o sistema sonoro Vitaphone, apenas com efeitos sonoros e músicas

· Em 1927 é criada, nos EUA, a Academia das Artes e Ciências das Imagens em Movimento, que atribuirá em 1929 os primeiros prêmios de excelência, conhecido por Oscar.


Década de 30

A década de 1930 foi o período de tempo entre os anos 1930 e 1939. É tida como uma das épocas mais sangrentas de toda a história mundial. Neste período, Hitler ascende ao cargo de chanceler na Alemanha e tem início o genocídio do que Hitler chamava de "raças inferiores", em especial os judeus. Tem início a Segunda Guerra Mundial. Nos Estados Unidos, Franklin Roosevelt dá início ao New Deal, o plano de recuperação econômica após a quebra da bolsa de Nova York, em 1929.


A década é também marcada pela utilização do som na sétima arte e que viria a transformar a indústria: os atores começaram a dar mais atenção à voz, os estúdios procuraram no teatro atores mais expressivos, os escritores foram obrigados a definir os personagens através de palavras e os escritores de cartões (intertítulos) ficaram no desemprego. Mas o som permitiu também o nascimento de um novo gênero: o musical, aparecendo, então, estrelas como Maurice Chevalier, Fred Astaire e Ginger Rogers.

1931

Devido à grande depressão, o número médio de espectadores diminui nos EUA (de 90 milhões em 1930 para 60 milhões em 1933); os estúdios passam por tempos difíceis e as salas de cinema para atrair mais espectadores recorrem a expedientes como às secções duplas.
A Universal Pictures estréia Drácula e Frankenstein, interpretados por Bela Lugosi e Boris Karloff, respectivamente, e inicia o seu famoso ciclo de filmes de terror. Em 1933 a Walt Disney estréia o primeiro desenho animado em cores, Flowers and Tress.
O Primeiro longa-metragem colorido, de Becky Sharp, estréia em1935. Em desenvolvimento desde a década de 1890, a tecnologia de filmes a cores teve o seu melhor exemplo épico, E o Vento Levou. Produzido em 1939, o filme foi um dos muitos que se produziram durante o que é considerado o melhor ano da história da sétima arte.

Década de 40

Melhores Filmes da Década de 40 - Fórum CeC

1º - Casablanca / Dir: Michael Curtiz (1942) - 91 pts
2º - A Felicidade Não se Compra / Dir: Frank Capra (1946) - 77 pts
3º - O Grande Ditador / Dir: Charles Chaplin (1940) - 73 pts
4º - Cidadão Kane / Dir: Orson Welles (1941) - 70 pts
5º - As Vinhas da Ira / Dir: John Ford (1940) - 57 pts
6º - O Falcão Maltês / Dir: John Huston (1941) - 56 pts
7º - O Tesouro de Sierra Madre / Dir: John Huston (1948) - 45 pts
8º - O Terceiro Homem / Dir: Carol Reed (1949) - 41 pts
9º - Ladrões de Bicicleta / Dir: Vittorio de Sica (1948) - 35 pts
10º - Pacto de Sangue / Dir: Billy Wilder (1944) - 33 pts









A HISTÓRIA DO CINEMA 1940-1949

A 2ª Guerra mundial é o grande acontecimento da década de 40 e está na origem da mudança do panorama cinematográfico mundial, refletindo-se no número de filmes produzidos e nos temas abordados.

Devido ao regime vigente, a Alemanha manteve uma produção ativa com mais de 1000 filmes produzidos durante os anos em que Hitler esteve no poder, na sua maioria filmes de propaganda.
Após a guerra e com a divisão da Alemanha, a produção igualmente se dividiu, refletindo visões artísticas diferentes. No caso soviético e com a entrada do país em guerra, em 1941, a produção cinematográfica centrou-se em documentários de propaganda, em filmes de entretenimento e dramas, como Ivan, o Terrível (Parte I) de Sergel Eisentein.

O melhor exemplo é a criação, em França, do Centre National de La Cinématographie (CNC), ainda hoje um importante pilar na indústria cinematográfica francesa.
Ao contrário da Europa, a produção cinematográfica americana do inicio da década é pujante e capaz de produzir filmes tão diversos como: Vinhas da Ira (drama social), Rebecca (thriller), Casamento Escandaloso (comédia) e O Grande Ditador (sátira). Com a entrada do país na guerra, Hollywood contribuiu também com a sua parte, quer através do recrutamento de atores e outros criativos para frente de batalha, quer com a produção de filmes de “propaganda”: recorde-se o trabalho do realizador Frank Capra para o exército e filmes de ficção como Mrs. Miniver, Since you Went Away, This is the Army, Thirty Seconds Over Tokyo e Cassablanca.
O inicio da década é também marcada pela estréia do que é, hoje, considerado como o melhor filme de todos os tempos: O Mundo a Seus Pés. Escrito, realizado e interpretado por um jovem Orson Welles, o filme cedo se viu envolto em polêmica devido ao fato de relatar a história do magnata William Hearst, que tudo fez para impedir a distribuição do filme, acabando este por Sr um fracasso de bilheteria.


Decada de 50

O Comitê de Segurança amplia a lista negra incluindo diretores, atores e escritores incluindo até mesmo Charles Chaplin.O início da década de 50 marcou para a chanchada brasileira uma enorme reviravolta. Embora a Atlântida tenha se consagrado na década anterior como uma das mais fortes indústrias cinematográficas do país, ainda assim as produções eram um tanto desleixadas. Os estúdios estavam mal acomodados, os equipamentos sem a manutenção necessária e os atores recebiam quantias ínfimas pelo árduo trabalho de interpretar em condições precárias. No fim da década 40, mais precisamente no ano 47, o sucesso das chanchadas trouxe para a Atlântida uma série de novos investidores, interessados principalmente em participar dos lucros da empresa, então ainda sob a administração dos irmãos Burle e Moacyr Fenelon. Entra em cena nesta altura um personagem que será fundamental na consolidação das produções da Atlântida na década de 50: Luís Severiano Ribeiro Jr.. Severiano entrou juntamente com vários outros empresários nos investimentos em produções, que a ele principalmente interessavam por seu domínio em pelo menos 40% das salas de exibição no Brasil. Assim, ele poderia participar dos lucros de uma forma muito maior. A grande surpresa veio ainda em 1947, quando noticiaram que Severiano havia comprado uma grande quantia de ações da Atlântida, tornando-se acionista majoritário e, conseqüentemente, dono da companhia.Os filmes 3-D, porém durou pouco tempo, de 1952 até 1954 dentre os quais se destacou o filme "House of Wax" de 1953.No final da década de 50 surgia na França o maravilhoso nouvelle vague donde se destacaram Claude Chabrol, Jean-Luc Godard ("O Acossado") e François Truffaut ("Os Incompreendidos").O cinema da Índia era produzido em grande escala, mas no ano de 1955 pela primeira vez ganhou reconhecimento internacional com o filme "Pather Panchali" (ou "A canção do caminho").Um Corpo Que Cai (1958) de Alfred Hitchcock, Crepúsculo dos Deuses (1950) de Billy Wilder, Doze Homens e Uma Sentença (1957) de Sidney Lumet e Janela Indiscreta (1954), também de Alfred Hitchcock, foram uns dos filmes de mais sucesso da década de 50. Anos 50. Fusão do enredo e do não-enredo na procura do homem. As pessoas começam a dançar com o cinema, ingenuamente, sem saber o que estaria por vir. Nos Estados Unidos aparecem Marilyn Monroe, Marlon Brando e James Dean. Juventude Transviada não renova na forma, mas faz a cabeça de uma geração. James Dean morre e vira mito. O filme Sementes da Violência faz o rock explodir. No final dos 50 o enredo é deixado para segundo plano e a realidade passa a ser apresentada de forma não linear, descontínua, lúdica. A certeza desaparece, e a ordem passa a ser a ambigüidade, a obra aberta, na tentativa de busca do próprio homem. É a Nouvelle-Vague francesa. É o cinema de Resnais, Godard, Chabrol, Malle, Vadim e Truffaut. Filmes: 1. O Sétimo Selo [Ingmar Bergman, 1957] 2. Crepúsculo dos Deuses [Billy Wilder, 1950] 3. A Ponte do Rio Kwai [David Lean, 1957] 4. Um Corpo que Cai [Alfred Hitchcock, 1958] 5. Os Sete Samurais [Akira Kurosawa, 1954] 6. Luzes da Ribalta [Charles Chaplin, 1952] 7. Os Incompreendidos [François Truffaut, 1959] 8. Cantando na Chuva [Stanley Donen & Gene Kelly, 1952] 9. 12 Homens e uma Sentença [Sidney Lumet, 1957] 10. Morangos Silvestres [Ingmar Bergman, 1957] 11. Quanto Mais Quente Melhor [Billy Wilder, 1959] 12. A Marca da Maldade [Orson Welles, 1958] 13. Alice no País das Maravilhas [Wal Disney, 1951] 14. Glória Feita de Sangue [Stanley Kubrick, 1957] 15. Juventude Transviada [Nicholas Ray, 1955] 16. A Um Passo da Eternidade [Fred Zinnemann, 1953] 17. Gigi [Vincent Minneli, 1959] - REVER 18. Janela Indiscreta [Alfred Hitchcock, 1954]


Teatro

1943


A peça que transformou a linguagem cênica do teatro brasileiro na sua era moderna foi à encenação da peça “Vestido de Noiva”, de Nelson Rodrigues, por Ziembinski e o grupo “Os comediantes”, em 1943. O que era teatro de ator passou a ser um todo, uma estética completa. A crítica disse que pela primeira vez via-se a “mise-en-scène” no Brasil, traduzida por “encenação”, a cena, cuja criação passou a ser quase tão poderosa quanto o texto em si. Os primeiros grupos do teatro moderno brasileiro foram “Os comediantes”, o “Grupo de Teatro Experimental”, o “Grupo de Teatro Universitário”, com as atividades iniciadas no final da década de 30 e ligadas ao meio universitário, de onde vinham seus imigrantes. Esse teatro improvisado, centrado no ator principal, modificou-se para o teatro formando um espetáculo, como um todo, com uma comunicação intelectual para uma platéia intelectualizada. No final da década de 40, o teatro brasileiro sofreu outras modificações: a profissionalização e a ampliação do público. Foi esse o fato que caracterizou o TBC (Teatro Brasileiro de Comédia). Formado em 1948, em São Paulo, e patrocinado pelo empresário italiano Franco Zampari, O TBC tinha, no seu inicio, um repertório de clássicos universais e comédias leves, com poucas incursões na temática nacional.

Década de 50




Preocupação com a Temática Social no Teatro




Na década de 50 os textos teatrais são marcados pela preocupação com as questões sociais. ''O Pagador de promessas'', de Dias Gomes - também autor de telenovelas -, se transforma num grande sucesso e é adaptada para o cinema em 1962 por Anselmo Duarte. O filme ganha a Palma de Ouro em Cannes. Nelson Rodrigues, que firmara sua reputação com ''O anjo negro'', ''Álbum de família'' e ''A falecida'', desperta polêmica com ''Perdoa-me por me traíres'', ''Beijo no asfalto'', ''Bonitinha, mas ordinária'', consideradas escandalosas. Jorge Andrade retrata a decadência da aristocracia rural paulista em ''A moratória'' e a ascensão das classes novas em ''Os ossos do barão''.Fora do eixo Rio-São Paulo, Ariano Suassuna, nas comédias folclóricas ''O auto da Compadecida'' e ''O santo e a porca'', cruza o modelo renascentista das peças de Gil Vicente com a temática folclórica nordestina.Jorge Andrade (1922-1984) nasce em Barretos, interior de São Paulo. Começa a carreira de dramaturgo, incentivado pela atriz Cacilda Becker. Na década de 50 escreve peças dramáticas e nos anos 60 estréia as comédias ''A escada'' e ''Os osso do barão'', ambas transformadas em novelas de televisão. Para a TV escreve também as novelas ''O grito'' e ''As gaivotas''. Ao lado de Nelson Rodrigues, é o dono da obra teatral mais significativa do Brasil: nela se destacam denúncias do fanatismo e da intolerância, como ''Veredas da salvação'' ou o delicado testemunho autobiográfico de ''Rasto atrás''.


Época de reorganização do mundo, depois do final da 2ª Guerra Mundial. O Plano Marshall (1947) propõe a reconstrução da Europa. Países firmam a Carta das Nações Unidas, a ONU é criada (1945). A década é a era dos rebeldes sem causa, da juventude transviada: "Viver o mais intensamente, arriscar sempre. Se tivesse 100 anos para viver, eu ainda não teria tempo para fazer tudo o que quero fazer", James Dean, ator americano que morreu em 1955, aos 24 anos, em acidente automobilístico, no auge da carreira.


A HISTÓRIA DO CINE-TEATRO

Com o início da década de 40 e a instalação da primeira fábrica, atualmente conhecida como Parque Químico de Estarreja, assiste-se, na então Vila, a uma profunda transformação, até aí dependente da atividade comercial e agrícola.
Existia nessa altura uma sala de Cine Teatro, instalada num barracão, onde hoje funciona a Casa Ezequiel. Apesar de possuir algumas condições para a projeção de filmes, lentamente foi perdendo a sua importância, até que, em 1949, o seu proprietário pôs à venda todo o recheio da casa. Entretanto, em 1947, começara a construção dum moderno e grandioso Cine-Teatro, promovido pela Empresa Cinematográfica Aveirense que, pela sua capacidade e condições para a apresentação de Teatro e Revista, bem como projeção de filmes, só era suplantado pelas Salas existentes na Cidade de Aveiro. Foi tal o impacto desta obra que a Câmara Municipal chegou a tentar o alargamento da Rua Visconde de Valdemouro para 14 metros, o que não logrou concretizar.


Artes Plásticas

Década de 20

Arte Moderna – Somente na década de 20, com o modernismo e a realização da Semana de Arte Moderna de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo, o Brasil elimina o descompasso em relação à produção artística internacional. Ao mesmo tempo em que é inspirado em diversas estéticas da vanguarda européia do século XX, como impressionismo, expressionismo, fauvismo, cubismo, futurismo, dadá e surrealismo, o movimento defende uma arte vinculada à realidade brasileira. Os artistas conquistam maior liberdade técnica e expressiva, rejeitando a arte do século XIX e as regras das academias de arte. A partir dos anos 30, alguns modernistas começam a valorizar o primitivismo. Após a II Guerra Mundial, o modernismo perde força com a chegada da abstração ao país. As obras abandonam o compromisso de representar a realidade aparente e não reproduzem figuras nem retratam temas.

Principais Artistas Plásticos Brasileiros (década de 20)
· Tarsila do Amaral (1886-1973) – A Negra (1923); Abaporu (1928)
· Victor Brecheret (1984-1955) – Eva (1920); Cabeça de Cristo (1920);
· Emiliano Di Cavalcanti (1987-1976) – Morro (1929)
· Antonio Gomide (1895-1976) – Paisagem com Barcos (1923)
· Ismael Nery (1900-1934) – Eva (1925); Nu (1927); Nu Cubista (1927); O Encontro (1928)
· Vicente do Rêgo Monteiro (1899-1970) – Menino Nu e Tartaruga (1923); Flagelação (1923); Atirador de Arco (1925)
· Lasar Segall (1891-1957) – Paisagem Brasileira (1925); Bananal (1927)

Década de 40



Na década de 40, assiste-se ao primeiro apogeu de Cândido Portinari (1903-1962), de Alberto da Veiga Guignard (1896-1962), de José Pancetti (1904-1958) etc. Começam suas carreiras os escultores Bruno Giorgi (1905-1993) e Alfredo Ceschiatti (1918- 1989). Começam também a trabalhar, ainda como figurativos vários dos futuros integrantes das tendências abstratas.
Surgiu também nessa época, o Museu de Arte de São Paulo (MASP), a partir de iniciativa do paraibano Assis Chateaubriand, proprietário dos Diários e Emissoras Associados, um dos maiores grupos de comunicação que já existiu no país. No final dos anos 40 e no começo dos 60 surgem o Museu de Arte Moderna (MAM).



Música


Na década de 40, a música popular centrada no Rio de Janeiro, e especialmente veiculada pela Rádio Nacional, rende culto também à Bahia, através de Dorival e Ari Barroso, ao Nordeste, através dos baiões de Luiz Gonzaga, e ao Sul, também representado mais discretamente e menos regionalísticamente pelo intimismo de Lupicínio Rodrigues.
Músicas destacadas no Brasil da década de 40
1. Atire a primeira pedra. Letra de Mario Lago e Música de Ataulfo Alves na interpretação de Orlando Silva. (Samba de 1944);
2. Chuvas de Verão. Composição de Fernando Lobo e Alberto Ribeiro na interpretação de Silvio Caldas. (Samba-Canção de 1949);
3. Ave Maria do Morro. Música de Herivelto Martin na interpretação de Baby Consuelo. (Samba de 1942);
4. Marina. Letra e Música de Dorival Caymmi na interpretação de Dorival Caymmi e Nana Caymmi.


Década de 50


Pop Art. - Em 1951 é criada a Bienal Internacional de São Paulo, que proporciona à produção brasileira reconhecimento internacional e sintoniza definitivamente o país com a tendência mundial de internacionalização da arte.


Arte Contemporânea – O marcos inicial da arte contemporânea no país é o concretismo, o neoconcretismo e a pop art, que, a partir do final da década de 50, despontam no cenário nacional. Em comum, a pop art e o concretismo têm a preocupação de refletir sobre a cultura de massa. A pop art legitima a citação, ou seja, o uso de imagens já produzidas por outros artistas ou pela própria indústria cultural. Os principais nomes são Wesley Duke Lee (1931-), Rubens Gerchman (1942-), autor da serigrafia Lindonéia, a Gioconda do Subúrbio, e Cláudio Tozzi (1944-), de O Bandido da Luz Vermelha. Com o neoconcretismo, os artistas partem da pintura para as instalações, gênero que mistura pintura, escultura e objetos industrializados em ambientes preparados para estimular a percepção sensorial. A arte conceitual, que utiliza fotos, textos, objetos e vídeos, marca as obras de Cildo Meireles (1948-), Waltércio Caldas (1946-) e Regina Silveira (1939-). Variante do minimalismo, o pós-minimalismo, também chamado de arte povera (arte pobre), influencia vários artistas. As obras são produzidas com materiais naturais, como água e terra, ou pouco industrializados, do tipo barbante e corda.

Moda

Década de 20

Período marcado pela prosperidade econômica e pelo “adeus” aos espartilhos. A mulher estava mais livre, permitia-se mostrar as pernas, o colo, a usar maquiagem. Os vestidos mais curtos e leves, com silhueta tubular, deixavam braços e costas à mostra, facilitando a dança. O tecido predominante era a seda. Os novos modelos facilitavam os movimentos frenéticos exigidos. A música trás roupas adaptadas a seus ritmos: jazz, foxtrot e o charleston. Vestidos vaporosos e fluidos com meias tom da pele. Apesar dos movimentos culturais em busca das raízes brasileiras, a moda segue o que dita a França, a despeito do clima e das diferenças de estação. Como, por exemplo, temos a própria Tarcila do Amaral que casa usando um vestido do estilista francês Paul Poiret. No âmbito da moda surge a melindrosa, criada pela caricaturista J. Carlos. Símbolo da mulher brasileira da época, já indicava um rumo para a sensualidade, traço que figura entre os principais da moda brasileira atual. Entretanto, para a moda, o final dessa década reserva um acontecimento marcante: surge o primeiro nome da moda nacional – Mena Fiala, nascida em Petrópolis e criadora talentosa de vestidos de noiva, que se consolidou no Rio de Janeiro ao longo da década de 30.


Década de 30


A década de 30 começa sentindo o reflexo da crise da bolsa de Nova York.
É um período de crise, que se reflete na moda tornando o visual de homens e mulheres mais sóbrio, com aparência mais adulta, porém não menos sofisticado.

A mulher dos anos 30 redescobriu suas formas, sem grande ousadia, mas com elegância e leveza. Afastou-se do estilo menina (característica da melindrosa) tornando-se uma mulher refinada. Novos modelos começaram a fazer sucesso, devido à popularização da prática de esportes, como o short que surgiu a partir do uso da bicicleta.
As mulheres incluem bermudas e calças no seu vestuário, até então exclusivas no guarda-roupa masculino.






Década de 40

Apogeu de Hollywood e Carmem Miranda, como um dos marcos desse período. Com ela surgiu à primeira fantasia genuinamente brasileira, criada por Alceu Pena: a baiana. (Gontijo). Quanto à moda, é nesta década que começa a existir moda brasileira. Ou pelo menos, uma adaptação mais conscienciosa do que era ditado por Paris. Cores, texturas foscas e brilhosas, a formalidade e suntuosidade (signos) compõem o processo de comunicação entre ídolo e fãs que interpretam cada signo, segundo seus conceitos culturais, políticos e econômicos.
E no exterior a simplicidade a que a mulher estava submetida talvez tenha despertado o interesse pelos chapéus, que eram muito criativos. Turbantes, chapéus, lenços e redes para o cabelo estiveram em alta, assim como bolsas a tiracolo, de passeio e utilitárias. Os sapatos tinham aspecto pesado e masculinizado, incluindo o modelo plataforma, muito difundido por Carmem Miranda.


Década de 50


A mulher dos anos50 se tornou mais feminina e glamorosa, de acordo com a moda lançada pelo “New Look”, de Christian Dior, em 1947. Metros e metros de tecido eram gastos para confeccionar um vestido bem amplo e na altura dos tornozelos. A cintura era bem marcada e os sapatos eram de salto alto, além das luvas e outros acessórios luxuosos, como peles e jóias. Nunca uma tendência foi tão rapidamente aceita pelas mulheres como o “New Look” Dior, o que indica que a mulher ansiava pela volta da feminilidade, do luxo e da sofisticação.
Já no Brasil houve os chamados “anos dourados” da classe média, confirmando a extraordinária importância da mídia e da indústria cultural, na moda o marco da década de 50 foi o aparecimento de butiques e costureiros, sendo estes os fundadores de uma costura “de autor”, não colada nos lançamentos europeus. È no inicio da alta costura no Brasil, e onde surgem os primeiros questionamentos a respeito da autenticidade da moda brasileira, ou do que esta viria ser. Intensificou-se a produção de revistas e jornais, que alcançaram uma tiragem nacional, com destaque para os colunistas de renome, que passam a exercer papel importante na divulgação dos fatos que envolviam a moda.

Política

Política nos anos 20, 30, 40 e 50

A crise política dos anos 20 foi caracterizada pela rejeição do sistema oligárquico, que era associado ao "rei Café". Seu desfecho foi o fim da hegemonia da burguesia cafeeira na condução da economia e da política brasileiras. Mas a estreita relação entre café e indústria fez com que tanto os cafeicultores quanto os industriais fossem identificados como beneficiários da política do governo. De fato, os industriais - supostamente representantes dos novos tempos - aliaram-se em sua maioria aos setores mais conservadores das forças em luta. Ao se inaugurar a Era Vargas, apesar das dificuldades políticas e econômicas enfrentadas, a industrialização do país já iniciara um caminho sem retorno.

O Brasil na década de 1930

O inicio da década foi marcado pela crise econômica (consequência da quebra de bolsa de Nova Iorque em 1929) e pela agitação política. Depois seria marcada pelo autoritarismo do governo de Getulio Vargas.

Na década de 1930 pela primeira vez formaram-se fortes partidos políticos de abrangência nacional, contrastando com a Primeira República, período em que os partidos tinham caráter estadual – o Partido Comunista era muito pequeno politicamente, além de clandestino.